“mesquinharia dos empresários”
PAULO RAMOS
Depois de dois adiamentos, a Alerj votou em (12/ABRIL) a proposta de reajuste do piso regional do estado do Rio de Janeiro. Entre a mensagem original do governo (6,86%, mesmo índice de reajuste do piso nacional) e a reivindicação dos trabalhadores (acréscimo de 4,5% na proposta do governo), prevaleceu o meio termo e o reajuste será de 9,86%.
O plenário ainda rejeitou dois destaques apresentados pelo deputado Paulo Ramos (PDT). O primeiro pedia que o reajuste aprovado fosse retroativo a 1º de janeiro. No segundo, o deputado reivindicou um aumento maior do que 9,86% argumentando que a economia do estado cresceu mais do que a economia nacional e que os trabalhadores precisariam ser compensados pela não aprovação da retroatividade. Os argumentos, no entanto, não foram suficientes e a maioria da Alerj manteve apenas 9,86% de reajuste, válidos a partir de 1º de abril.
Vale registrar que as discussões no plenário da Alerj sobre o reajuste salarial recuperaram um debate antigo e muito caro para o conjunto da classe trabalhadora: a existência da luta de classes. Os deputados André Correa (PPS), líder do governo, e André Lazaroni (PMDB), líder de seu partido, afirmaram que “não existe luta de classes” e que “esta luta entre trabalhadores e empresários está superada”. Por outro lado, o deputado Paulo Ramos (PDT) defendeu fervorosamente os direitos e reivindicações dos trabalhadores e condenou o que chamou de “mesquinharia dos empresários” como exemplo evidente do atual estágio da luta de classes em nossa sociedade.
Imprensa CUT-RJ
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